A pensão para ex-cônjuge em 2025 ainda é possível, mas com critérios muito mais rigorosos. A Justiça brasileira tem adotado uma postura mais cautelosa, privilegiando a autonomia financeira entre as partes após o divórcio.
Muitas pessoas acreditam que a pensão alimentícia após a separação é automática ou vitalícia, mas a realidade é bem diferente. Hoje, o benefício só é concedido em casos excepcionais, nos quais a dependência financeira é comprovada judicialmente.
O que diz a lei sobre pensão para ex-cônjuges?
O Código Civil prevê que ex-cônjuges podem solicitar alimentos quando:
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Há necessidade financeira comprovada;
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O outro tem capacidade de pagamento.
Contudo, a jurisprudência atual busca equilibrar esse direito com o princípio da igualdade e independência pós-divórcio.
Quando a pensão para ex-cônjuge é concedida?
A pensão pode ser determinada judicialmente quando o ex-cônjuge:
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Abandonou a carreira profissional para cuidar da família;
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Possui idade avançada ou doença incapacitante;
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Enfrenta vulnerabilidade econômica causada diretamente pela união.
Caso real: advogado João Neto
Em 2025, o advogado João Neto foi condenado por violência doméstica. Além da pena criminal de quatro anos e dois meses, foi obrigado a pagar R$ 40 mil por danos morais e enfrentar pedido de pensão mensal de R$ 20 mil, solicitado pelo Ministério Público.
O fundamento da solicitação foi a dependência econômica da ex-companheira e a necessidade de proteção após a separação.
Quando a pensão é negada?
A pensão para ex-cônjuge geralmente é negada quando:
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O casamento foi de curta duração;
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A pessoa pode trabalhar;
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Não há provas de dependência econômica;
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A intenção é apenas manter o padrão de vida sem justificativa real.
Jurisprudência atual em 2025
Os tribunais têm priorizado o estímulo à independência financeira. As decisões recentes mostram que a maioria das pensões concedidas são temporárias, apenas para viabilizar a transição para uma vida autônoma.
Como pedir ou contestar?
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Procure um advogado especializado em Direito de Família;
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Reúna documentos que comprovem a necessidade ou autonomia financeira;
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Apresente provas consistentes e respeite os trâmites legais.
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Dica extra: o que evitar ao pedir pensão para ex-cônjuge
Evite alegações genéricas ou baseadas apenas em estilo de vida anterior. A Justiça valoriza provas concretas, como documentos que mostrem interrupção da carreira, tratamentos médicos contínuos ou declarações fiscais.
Também é importante apresentar testemunhos e histórico da vida em comum, caso você tenha dependido financeiramente do ex-parceiro por longo período.
Esses elementos aumentam as chances de uma decisão favorável e mostram boa-fé no pedido.
Conclusão
A pensão para ex-cônjuge em 2025 ainda existe, mas é uma exceção fundamentada em necessidade comprovada. Casos como o de João Neto mostram que a Justiça leva em conta tanto a vulnerabilidade da vítima quanto o contexto da relação.
Se você está nessa situação, procure ajuda jurídica qualificada para garantir seus direitos.